O Mercado Livre recebeu no início do mês de novembro uma autorização do Banco Central para atuar como instituição financeira. Segundo informa nota à imprensa divulgada pela empresa.
A autorização do Banco Central foi publicada no Diário Oficial, no dia 15 do mês de outubro, mas somente agora a autoridade monetária confirmou a liberação.
A autorização concedida pelo Banco Central será importante para que o Mercado Livre consolide a sua atuação no segmento de crédito. No entanto, vale destacar que desde 2017, o Mercado Livre, por meio do Mercado Crédito oferecia empréstimos para clientes com conta ativa no Mercado Pago, fintech de pagamentos do Mercado Livre.
Antes mesmo de receber o aval do Banco Central, o Mercado Livre já havia anunciado o recebimento de um aporte financeiro de R$ 400 milhões do Goldman Sachs, cujo objetivo era justamente à ampliação do seu serviço de crédito.
Confira um trecho do comunicado enviado pelo Mercado Livre a imprensa tratando a respeito do assunto:
“A licença de instituição financeira permitirá reforçar o foco da companhia em expandir as operações de crédito dentro de seu ecossistema.
Desde o início da oferta, em 2017, o grupo já concedeu mais de R$ 4 bilhões em créditos no Brasil, em um total de mais de 10 milhões de transações.
Essas operações alcançaram principalmente consumidores e empreendedores sem acesso ao crédito no sistema financeiro tradicional.” – O comunicado foi assinado por Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago.
A autorização do Banco Central para que o Mercado Livre atue como instituição financeira, não poderia vir em melhor momento. Afinal, a empresa, que por sinal é o maior varejista online da América Latina, vem registrando crescimento significativo em suas vendas e negócios, desde o início da pandemia.
Segundo balanço do segundo trimestre de 2020, com o isolamento social em virtude da pandemia do novo coronavírus, as vendas da plataforma saltaram incríveis 123,4% no período de abril a julho deste ano em um comparativo com o ano passado. Esse valor representa nada mais nada menos que U$$ 878,4 milhões de dólares.
Já o número de usuários ativos cresceu 45,2% enquanto que o número de itens vendidos avançou em 101,4% em um comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior.
“A pandemia gerou mudanças significativas no comportamento do consumidor, que se traduziram em um novo recorde de penetração do comércio eletrônico e do pagamento online na região”, disse Pedro Arnt, diretor financeiro do Mercado Livre, em um comunicado à imprensa.
O número de usuários únicos ativos atingiu os 51,5 milhões, em um crescimento de 45,2%.
O Mercado Livre anunciou recentemente o investimento em uma frota própria de aviões para acelerar ainda mais as suas entregas. O objetivo da companhia, segundo informou Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado Envios é ampliar o número de entregas no outro dia.
“Queremos ter a melhor logística do Brasil e aumentar o número de entregas no dia seguinte. A ampliação consistente e robusta da nossa malha logística é decisiva para a manutenção da excelência do atendimento e satisfação do consumidor final – tanto vendedores quanto compradores da nossa plataforma.”
“Além de melhorar a experiência de compra no Brasil, esperamos que a iniciativa contribua para o aumento do reconhecimento visual da marca associado aos atributos de confiança e eficiência logística”, completou o executivo.
Vale destacar, que além do recente investimento no transporte aéreo, o Mercado Livre também vem investindo em novos centros de distribuição e na ampliação da frota terrestre de entregas, como por exemplo, por meio da integração de 150 carretas a sua frota de entregas desde o mês de agosto.
Devido aos investimentos consideráveis no setor de entregas, o Mercado Livre torna-se cada vez menos dependente dos Correios e ao mesmo tempo um forte candidato a compra do serviço estatal de entregas em caso de privatização.
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