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Queda da Selic em 2.25%: Como ficam os investimentos em Renda Fixa?

20 de junho de 2020 - 58 views Queda da Selic em 2.25%: Como ficam os investimentos em Renda Fixa?

A queda da Selic em 2.25% chamou a atenção dos investidores, impactando principalmente aqueles que optam por investimentos da Renda Fixa. O Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central – Copom, foi quem anunciou o novo corte na Taxa Básica de Juros a Selic.

Com a decisão do Banco Central a taxa básica de juros da economia foi reduzida de 3% para 2.25%, uma queda de 0.75 ponto percentual. Com a queda da Selic em 2.25% renova-se o menor patamar desde o início da série histórica em 1996.

Vale destacar que a decisão foi tomada de forma unânime, sendo o oitavo corte seguido da taxa Selic e o quarto somente neste ano.

No comunicado emitido pelo Copom a respeito da queda da Selic em 2.25%, houve uma sinalização de que um novo corte residual pode acontecer em a depender do cenário econômico.

Veja trecho do comunicado que sinaliza outra possível redução:

“O Copom entende que, neste momento, a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno.

O Comitê avalia que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano, assim como a percepção sobre sua sustentabilidade, são decisivas para determinar o prolongamento do estímulo.

Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.

Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual.

No entanto, o Copom segue atento a revisões do cenário econômico e de expectativas de inflação para o horizonte relevante de política monetária.

O Comitê reconhece que, em vista do cenário básico e do seu balanço de riscos, novas informações sobre a evolução da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos.”

Com este trecho do comunicado, o Copom deixa claro que caso julgue necessário um novo corte pode ocorrer, mas desta vez residual, ou seja, possivelmente de 0.25%.

O próximo encontro do Copom está previsto para acontecer no dia 05 de agosto, até lá fica a expectativa e a torcida para que a pandemia passe e a economia inicie sua retomada.

Com a queda da Selic em 2.25% como ficam os investimentos em renda fixa?

queda-da-Selic-em-2.25Sem dúvidas a queda da Selic em 2.25% torna-se um remédio muito amargo para o pequeno investidor, e para aqueles que apostam nos investimentos de renda fixa e que prezam pela sua segurança.

Com as quedas sucessivas da Selic, uma série de investimentos são diretamente afetados e passam a oferecer menores rendimentos, como é o caso do Tesouro Selic, dos fundos DI e de títulos como o CDB, as LCIs e as LCAs pós-fixadas e até mesmo a caderneta de poupança.

Por falar em caderneta de poupança, essa nem pode ser mais considerada um investimento, pois os seus rendimentos são tão baixos que na verdade o dinheiro nela aplicado perde seu valor ao invés de auferir rendimentos.

Investidores iniciantes podem se assustar com essa afirmação, mas ela é verídica e tem como base uma taxa de rentabilidade que é inferior à inflação esperada para o país.

A perda de rentabilidade nesses investimentos é inevitável, uma vez que todos eles contam com rendimentos atrelados à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

Apesar de ser um remédio amargo, a queda da Selic em 2,25% é necessária e uma tentativa de socorrer e estimular uma economia extremamente fragilizada por causa da pandemia instalada.

Observações do Copom a respeito do atual cenário econômico

Na mesma reunião em que anunciou a queda da Selic em 2.25% o Comitê fez ainda algumas observações a respeito do atual cenário econômico, veja:

  • “No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando uma desaceleração pronunciada do crescimento global. Nesse contexto, apesar da provisão significativa de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador;”
  • “Em relação à atividade econômica, a divulgação do PIB do primeiro trimestre confirmou a sua maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia. Indicadores recentes sugerem que a contração da atividade econômica no segundo trimestre será ainda maior. Prospectivamente, a incerteza permanece acima da usual sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano;”
  • “O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente se encontram abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;”
  • “As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 1,6%, 3,0% e 3,5%, respectivamente;”
  • “No cenário híbrido, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$4,95/US$*, as projeções do Copom situam-se em torno de 2,0% para 2020 e 3,2% para 2021. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2,25% a.a. e se eleva até 3,00% a.a. em 2021;”
  • No cenário com taxa de juros constante a 3,00% a.a. e taxa de câmbio constante a R$4,95/US$*, as projeções situam-se em torno de 1,9% para 2020 e 3,0% para 2021.

Considerações finais a respeito da queda da Selic em 2.25%

Com a queda da Selic em 2.25% cabe ao investidor revisar a sua carteira de investimentos em busca de melhores opções e ativos que ofereçam maior rentabilidade.

No atual cenário investimentos como o Tesouro Direto, CDBs e outros investimentos em renda fixa acabam não oferecendo o rendimento esperado pelos investidores.

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