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Fundos Imobiliários em queda de quase 30% no ano

23 de março de 2020 - 41 views Fundos Imobiliários em queda de quase 30% no ano

Fundos imobiliários em queda! Descubra neste artigo, o que está acontecendo e quais são as perspectivas dos analistas de mercado.

Durante todo o ano de 2019, os fundos de investimentos imobiliários foram as opções mais indicadas por analistas e a melhor opção para muitos investidores, afinal através deles, era possível investir na renda variável, conquistando rentabilidades maiores, sobretudo em um momento de constantes reduções na taxa Selic, além disso, as cotas de fundos imobiliários estavam em sua maioria sob forte valorização.

Os investimentos em fundos imobiliários, eram vistos como excelentes opções de investimento, tendo em vista que conseguiam manter um bom equilíbrio entre segurança e rentabilidade. No entanto, os fundos imobiliários em queda vêm chamando a atenção e gerando a preocupação do mercado.

No primeiro dia de funcionamento do mercado em 2020, os fundos imobiliários alcançaram o patamar de 3.225,15 pontos no IFIX, uma marca importante e ainda sim, continuam subindo por mais alguns dias. No entanto, pouco tempo depois este cenário mudou e ainda no início de janeiro, vários fundos começaram a sofrer considerável desvalorização.

Na sexta-feira, 20 de março de 2020, após fechamento do mercado, o IFIX registrava 2.276,60 pontos, uma diferença brutal de 948,55 pontos, o que em números percentuais representa uma desvalorização de aproximadamente 30% em um período inferior a 3 meses.

Os números que demonstram os fundos imobiliários em queda impressionam os investidores e causam um certo pânico no mercado. Em um momento como este, todos procuram informações a respeito do assunto e demonstram certo receio com suas posições nos fundos imobiliários.

No artigo de hoje, vamos fazer uma análise sobre a queda dos fundos imobiliários, visando entender quando haverá uma reversão deste quadro negativo.

Fundos imobiliários em queda, o que está acontecendo?

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Entenda de uma vez por toda, este fenômeno de mercado e descubra a motivação para os fundos imobiliários em queda.

No início deste ano, investidores, economistas, analistas de mercado e corretora convergiam em um entendimento de que a queda era esperada e fazia parte de uma espécie de balanceamento e estabilização de preços, após um forte ciclo de alta. Entretanto, desde então a desvalorização dos fundos imobiliários não parou mais.

Você pode estar aí, pensando consigo mesmo e acreditando que os analistas do mercado financeiro erraram em suas previsões, entretanto isso não é uma verdade e você já vai entender, o por quê.

Esperava-se que após um ajuste nos preços, a queda e a consequente desvalorização das cotas de fundos imobiliários, tudo voltasse ao normal. Mas, infelizmente isso não aconteceu.

Os fundos imobiliários em queda, estão relacionados diretamente às condições adversas enfrentadas pelo mercado financeiro e de investimentos, não só aqui no Brasil, mas em todo o mundo.

FIIS caindo e a pandemia do Coronavírus

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Sim, amigos leitores, a esperada estabilização de preços dos fundos imobiliários não aconteceu, devido a pandemia mundial do CONVID-19, também conhecido como o Coronavírus.

O novo vírus não só tem infectado e levado a vida de muitas pessoas em várias partes do planeta, como também tem causado sérios impactos no cotidiano e na vida da população mundial, o que inevitavelmente gera uma série de impactos para todos, incluindo empresas dos mais variados setores da economia.

As relações econômicas estão estremecidas, as autoridades mundiais, buscam diariamente soluções para o enfrentamento e combate deste grave problema de saúde, no entanto, apesar dos esforços, a pandemia se espalha e não permite previsões quanto ao seu fim.

Pessoas acabam forçadas a se ver isoladas em suas residências, empresas fecham as portas, funcionários recebem férias coletivas, os impactos na economia são catastróficos e neste cenário adverso os fundos imobiliários também sofrem seus efeitos.

Como todos nós sabemos, os fundos imobiliários consistem em forma simplificada em um grupo de investidores, que aplicam recursos em imóveis destinados a diferentes finalidades, como por exemplo, galpões, prédios comerciais e shoppings centers. Este dinheiro é usado para a compra e construção de locais, que posteriormente são alugados em sua maior parte para empresas, gerando assim dividendos aos investidores.

Sendo assim, é possível começar a compreender os fundos imobiliários em queda. Com o avanço do coronavírus, as autoridades orientam consumidores a não sair de suas residências, em uma tentativa de frear o avanço da pandemia. Desta forma, o movimento das pessoas circulando nas ruas e nos shoppings e prédios comerciais diminui de forma considerável, com vendas em queda, temos menores faturamentos, o que consequentemente sufoca o caixa das empresas, aumentando os índices de inadimplência e consequentemente reduzindo os dividendos pagos aos cotistas.

Infelizmente, espera-se que os fundos imobiliários continuem em queda por algum tempo, devido aos efeitos adversos do mercado e as necessárias políticas de isolamento social que tem determinado o fechamento de shoppings e centros comerciais por todo o país.

Fundos imobiliários caindo e o fechamento de centros comerciais e shoppings pelo país

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Veja algumas das notícias que tem causado grande impacto nos fundos imobiliários, sobretudo em relação aos fundos de shopping.

Na quarta-feira, 18 de março, o governador do estado de São Paulo, João Dória, determinou o fechamento de todos os shoppings centers da capital paulista e da região metropolitana de São Paulo com o objetivo de deter a propagação do coronavírus. Segundo a determinação do governador, o fechamento deve durar ao menos até o dia 30 de abril.

Veja o que disse o governador, em entrevista: “Todos os shoppings centers deverão ser fechados até o dia 23 de março. Ou seja, ao longo desses dias de amanhã, dia 19, até o dia 23 de março os shoppings deverão ser fechados por razões sanitárias e proteção aos seus funcionários, aos seus profissionais e obviamente às pessoas. O fechamento determinado até 30 de abril”. “Não é recomendável aglomerações. A nossa recomendação é: evitar aglomerações”, complementou o governador do estado mais importante do Brasil em termos econômicos.

Outro importante estado em termos econômicos, seguiu a mesma linha de São Paulo. Na noite do dia 19, quinta-feira, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, assinou decreto com diversas medidas que visam restringir o número de pessoas em circulação, dentre elas estava a determinação pelo fechamento da maior parte dos estabelecimentos comerciais, permanecendo em funcionamento apenas aqueles considerados essenciais. Veja, alguns trechos do documento assinado pelo governador:

“Art. 4º – De forma excepcional, com o único objetivo de resguardar o interesse da coletividade na prevenção do contágio e no combate da propagação do coronavírus, (CONVID-19), diante de mortes já confirmadas e o aumento de pessoas contaminadas, DETERMINO A SUSPENSÃO, pelo prazo de 15 (quinze) dias, das seguintes atividades:”

“XII – a partir da 0h (zero hora) do dia 21 de março de 2020, o transporte de passageiros por aplicativo, apenas, no que tange ao transporte de passageiros da região metropolitana para a Cidade do Rio de Janeiro, e vice-versa;

XIII – funcionamento de academia, centro de ginástica e estabelecimentos similares;

XIV – funcionamento de “shopping center”, centro comercial e estabelecimentos congêneres. A presente suspensão não se aplica aos supermercados, farmácias e serviços de saúde, como: hospital, clínica, laboratório e estabelecimentos congêneres, em funcionamento no interior dos estabelecimentos descritos no presente inciso;

XVI – funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres com capacidade de lotação restringida a 30% (trinta por cento) da sua lotação, com normalidade de entrega e retirada de alimentos no próprio estabelecimento. A presente medida não se aplica aos estabelecimentos sediados no interior de hotéis, pousadas e similares, que deverão funcionar apenas para os hóspedes e colaboradores, como forma de assegurar a quarentena;”

Como podemos observar as medidas são duras do ponto de vista econômico, além de shoppings centers, o ramo hoteleiro também vem amargando fortes quedas nas taxas de ocupação, devido a disseminação do coronavírus.

Outros estados e municípios também estão adotando medidas semelhantes, visando a proteção de sua população. Este efeito dominó, causado pela pandemia mundial do coronavírus é o principal motivo para os fundos imobiliários em queda.

Quando vai parar a queda dos fundos imobiliários?

Quando as sucessivas quedas dos fundos imobiliários vão parar? Esta é sem dúvidas, uma das perguntas mais frequentes feitas pelos investidores, economistas e analistas de mercado. No entanto, podemos dizer que é impossível prever uma data para que tudo volte a mais perfeita normalidade.

Acredita-se que os prejuízos levaram um tempo considerável para alcançarem total reversão. Neste momento, amigo leitor, não há muito a ser feito em termos de mercado para a valorização de cotas e melhoria dos principais indicadores.

Em busca de reduzir os efeitos desta grande crise econômica e mundial, governos e bancos centrais por todo o mundo, anunciam medidas de estímulo da economia, que apesar de contribuir, não são suficientes para acalmar os ânimos.

Tudo o que podemos fazer, é contribuir para que o coronavírus deixe de circular e de fazer vítimas, para isso, é preciso que todos se ajudem e sigam as recomendações das principais autoridades de saúde, que orientam que as pessoas permaneçam em suas casas e adotem boas práticas de higiene pessoal, como lavagem frequente das mão com água e sabão ou então álcool em gel 70%.

Apesar das perdas em termos financeiros e dos fundos imobiliários em queda, procure manter a tranquilidade, após esta crise humanitária, os mercados voltaram a sua normalidade operacional e com eles os fundos imobiliários.

Leia também: Onde investir na crise? O que fazer com seus investimentos?

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