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O que é CDB ? como funciona e como investir ?

12 de novembro de 2019 - 22 views O que é CDB ? como funciona e como investir ?

Você sabe o que é CDB? Deseja conhecer a fundo este tipo de investimento?

Preparamos um verdadeiro guia sobre o CDB para que você possa conhecer essa forma de investir. Acompanhe este artigo até o final. Veja abaixo o que você encontrará aqui:

  • O que é CDB?
  • Quais são os tipos de CDBs
  • Liquidez
  • Riscos e Garantias do CDB
  • Tributação do CDB
  • Vale a pena investir em CDB?
  • Vantagens e Desvantagens dos CDBs?

O que é CDB?

A sigla CDB significa – Certificado de Depósito Bancário, através deste tipo de investimento, os bancos emitem títulos no mercado para captação de recursos.

Na prática o investidor que aplica recursos no CDB está emprestando dinheiro aos bancos, que por sua vez irá remunerar o investidor através de uma taxa de juros.

A remuneração oferecida pelo banco para o título emitido vai depender de uma série de fatores, como o valor total aplicado e o prazo do CDB.

Mas, se os bancos possuem tanto dinheiro, porque captam recursos no mercado e pagam juros por isso?

Os bancos oferecem aos seus clientes uma série de possibilidades de empréstimo, como o cheque especial, o crédito pessoal, financiamento imobiliário e veicular. Para viabilizar todas essas operações os banco precisam fazer caixa. Sendo assim, eles emitem os CDBs e captam recursos no mercado.

Apesar de remunerar os seus investidores com juros, os bancos conseguem lucrar muito mais ao oferecer um empréstimo ou financiamento utilizando este recurso, pois naturalmente o juros dessas operações são bem maiores.

Podemos entender também as instituições financeiras, como grande intermediadores, eles pegam dinheiro com quem tem sobrando, no caso os investidores e repassa a título de juros as pessoas que precisam de dinheiro, no caso os clientes que solicitam empréstimos.

Quais são os tipos de CDB?

Existem algumas variações nos tipos de CDB de acordo com a sua rentabilidade. Sendo assim, os CDBs, podem ser classificados em prefixados, pós fixados e híbridos. Vamos conhecer agora, cada opção.

Título Pós-Fixado

Esse é o tipo de CDB mais conhecido e comum no mercado. A sua rentabilidade está atrelada sempre a algum indexador da economia, em geral o CDI.

O banco portanto remunera os investidores através de um percentual baseado no indexador escolhido, como por exemplo 110% do CDI.

Ou seja, em nosso exemplo o investidor seria remunerado ao final do período, pelo percentual correspondente ao CDI do período mais 10%.

Como os indexadores sofrerão variações ao longo do período em que o dinheiro ficará investido, acaba que ao investir o investidor tem apenas uma previsão de quanto irá receber ao fim do período.

Título Pré-Fixado

No título pré-fixado o CDB não está atrelado a indexadores, mas possui uma taxa estipulada pelo banco e fixa. Por exemplo, 10% ao ano.

Ao investir em um CDB prefixado o investidor saberá desde o momento da compra o valor exato que receberá ao final do prazo de vigência do certificado.

Título Híbrido

O CDB híbrido é pouco comum no mercado. A sua rentabilidade é composta por uma taxa fixa mais o percentual atrelado a um indexador.

Um título híbrido pode oferecer por exemplo uma taxa de 3% a título de juros fixos mais o acumulado do IPCA que é um indexador. Ou seja, o investidor teria garantido os 3% do juros fixos e o restante dos rendimentos ficaria dependendo do comportamento do IPCA. Então, se o IPCA subir o investidor acaba conseguindo bons rendimentos, assim como no título pós-fixado, porém se o indexador cair, os seus rendimentos também caem.

Liquidez do CDB

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A liquidez significa o tempo necessário para transformar aquele investimento em dinheiro na mão do investidor.

Ou seja, quanto mais difícil for para transformar um investimento ou um bem em dinheiro, maior será o seu tempo de liquidez. Uma casa por exemplo é um bem de baixa liquidez, pois caso você deseje recuperar o dinheiro ali investido, você levará algum tempo, afinal é preciso encontrar um comprador.

É preciso deixar claro que a liquidez não tem nada haver com a rentabilidade, pois algumas pessoas confundem esses termos.

Em CDBs podemos dizer que um título tem liquidez alta, quando o banco emissor oferece a possibilidade de resgates em apenas um dia, por exemplo. Atualmente já existe no mercado opções de CDBs com liquidez diária.

Antes de contratar um CDB é preciso que você saiba o seu prazo de liquidez, pois caso precise desse dinheiro para uma emergência e o retire antes do prazo, você perderá parte dos rendimentos para o banco.

Riscos e Garantias do CDB

Agora que você já sabe o que é CDB, chegou a hora de conhecer os seus riscos e garantias.

Os CDBs podem ser tratados como um dívida da instituição financeira com o seus investidores, portanto a operação está submetida ao risco do banco decretar falência e não conseguir honrar, os compromissos. Na verdade isso é bem difícil de acontecer, principalmente quando falamos dos grandes bancos.

Devido a esse risco menor nos grandes bancos, quando você for escolher um CDB irá perceber que estes bancos oferecem menores taxas de remuneração, enquanto que os bancos menos conhecidos e com menor capacidade financeira oferecem remunerações maiores, pois entende-se que se há um risco maior é preciso oferecer melhores remunerações para atrair os investidores.

Porém esse risco é relativo e acaba sendo minimizado pelo FGC que é o Fundo Garantidor de Crédito. Os CDBs possuem garantia pelo FGC, ou seja o seu dinheiro estará garantido até a quantia de 250 mil reais por CPF e por banco emissor.

Tributação do CDB

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Você já sabe o que é CDB e entendeu as suas modalidades de rentabilidade, agora é hora de conhecer a sua tributação, afinal ela será a responsável por ficar com uma parte dos seus rendimentos.

Sobre os CDBs haverá a incidência de Imposto de Renda e em um caso específico do IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras.

O IOF será cobrado apenas nos casos em que o investidor retira o dinheiro investido em um período menor do que 30 dias.

 

Já o Imposto de Renda irá variar em faixas de acordo com o período de investimento, ou seja, quanto mais tempo um CDB ficar investido, menor será a alíquota a ser descontada dos rendimentos a título de imposto de renda. Veja abaixo as alíquotas do imposto de renda aplicável aos CDBs:

 

Prazo                         Alíquota de IR

Até 6 meses                  22,5%

De 6 meses a 1 ano      20%

De 1 a 2 anos                17,5%

Acima de 2 anos           15%

Vantagens e Desvantagens do CDB

Vamos conhecer agora, algumas vantagens e desvantagens em relação ao CDB.

Vantagens

Conveniência e Facilidade: É possível investir e solicitar resgates com muita facilidade através do internet banking ou do App de celular do seu banco ou corretora de investimentos.

Ao aplicar em seu banco, você também não terá a necessidade de realizar transferências para outras instituições.

É possível também investir em CDBs com pouco recurso, existem opções de investimento abaixo de R$ 1.000,00.

Liquidez: Atualmente boa parte dos CDBs, oferecem  liquidez diária, portanto caso precise você terá o dinheiro na sua conta em no máximo 1 dia útil.

Garantia do FGC: O CDB possui garantia de até 250 mil oferecida pelo FGC, por CPF e por instituição financeira.

Desvantagens

Rentabilidade: A rentabilidade dos CDBs pode não ser tão atrativa nos títulos emitidos por bancos maiores, pois devido ao seu poder financeiro, acaba oferecendo menores remunerações.

Tributação: Sobre o CDB incidem alíquotas regressivas de imposto de renda, ou seja, quanto menor o tempo investido, maiores as alíquotas aplicadas a título do imposto e consequentemente menores serão os seus investimentos.

Vale a pena investir em CDB?

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Na maior parte dos casos os CDBs estão atrelados ao CDI. A taxa CDI é uma referência utilizada pelos bancos para realizar empréstimos entre si. A CDI por sua vez possui sempre uma taxa um pouco menor que a Selic.

Atualmente o Banco Central tem realizado diversos cortes na taxa Selic que hoje está em 5% ao ano. Naturalmente o CDI está um pouco abaixo disso. Existe uma previsão para novos cortes na taxa Selic, caso isso aconteça os investimentos atrelados a ela acabam perdendo rentabilidade.

Com a Selic em baixa os investimentos em renda fixa, como é o caso dos CDBs, acabam perdendo espaço para os investimentos em renda variável, contudo é preciso ter em mente que investimentos em renda fixa, possuem riscos menores que os investimentos realizados na renda variável.

Em muitos casos, você só conseguirá nos CDBS um rendimento superior ao oferecido pelo Tesouro Selic, nos títulos com rentabilidade superior a 100% do CDI, uma vez que o Tesouro remunera com base na Selic, que como falamos é ligeiramente maior que o CDI.

Em nossa opinião você deve começar a analisar a possibilidade de investir em um CDB, quando ele oferecer uma remuneração a partir de 105% do CDI.

Caso contrário, continua sendo mais interessante o investimento no Tesouro Direto. Contudo ambos possuem hoje a sua rentabilidade em baixa, devido as recentes reduções na Taxa Selic.

Uma boa estratégia é a diversificação de carteira, onde você coloca parte dos seus recursos na renda fixa, que possui maior segurança e investe outra parte na renda variável em busca de maiores retornos.

 

 

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